sábado, 23 de janeiro de 2016

Nebulosa Carina - NGC 3372

     Nessas férias, os telescópios do observatório tiram um descanso. Entretanto, o grupo SOFIA se mantem na ativa registrando o céu e explorando técnicas de registro e processamento de imagens. Na noite do ano novo, dia 31 de dezembro de 2015, registramos a Nebulosa Carina usando uma câmera Canon 60D não modificada (ou seja, com o filtro original de fábrica), uma montagem equatorial EQ2 motorizada e um intervalômetro.

  Como o alinhamento da montagem é feito manualmente, existe um erro associado ao acompanhamento da montagem com o céu, dessa forma não foi possível realizar exposições maiores que 14 segundos. Fizemos 43 imagens de 9 segundos cada, que empilhamos no software Deep Sky Stacker 3.3.4. (que pode ser baixado por aqui). Usamos 135mm de distância focal, f/5.6 de abertura,  e ISO em 2000. 

     Não utilizamos arquivos dark, flats, ou bias, e mesmo assim o resultado foi satisfatório, visto que podemos visualizar as estruturas da nebulosa. Entretanto, este foi a apenas um teste, pois adicionando tais arquivos ao processamento, eliminamos os hotpixels gerados pela câmera (através dos dark frames) e a vinhetagem da lente, que é alta em grandes distâncias focais como no nosso caso (atrávés de flat frames). Pretendemos também realizar um alinhamento cada vez melhor da montagem equatorial, o que rende longos tempos de exposição e assim maiores detalhes do objeto registrado.

    O resultado foi este:


Sobre o objeto

    A nebulosa Carina é uma nebulosa difusa, e pode ser vista na constelação da Quilha (português= quilha, latim= Carina), ficando abaixo da estrela Canopus e acima do Cruzeiro do Sul. Em regiões de baixa poluição luminosa(PL), como zonas rurais e distantes de cidades, ela pode ser vista a olho nú como uma tênue mancha avermelhada no céu, quatro vezes mais brilhante que a nebulosa de Órion. Ela possui a nebulosa Homúnculo, com um sistema binário no seu interior bem popular, Eta Carinae, que está prestes a tornar-se uma supernova ou ainda hipernova em alguns milhões de anos.

Dúvidas? Sugestões? Críticas? Escreva para nós!

Laura Amaral

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