Dicas de Fotografia

Hoje em dia é possível fotografar o céu com qualidade e não gastar uma fortuna em equipamentos fotograficos. Com o aumento da concorrência entre as marcas de camera e o rápido crescimento da tecnologia, comprar uma semi-profissional de qualidade não sairá caro se souber procurar. Sua camera não precisa ser uma DLSR de 15 MP de 8 mil reais, mas deve ter pelo menos ajustes de abertura, tempo, e foco manuais.

Para se tirar uma boa foto com uma camera de baixo preço (na verdade essas dicas valem se você tiver uma camera profissional e não souber como usar da mesma forma) é preciso saber "oque esta fotografando", o que você quer que apareça" e entender a capacidade da sua resolulção. Dependendo do que você vai fotografar, precisará de aberturas diferentes, e velocidades diferentes. Fotografar a lua não é o mesmo que tentar fotografar uma nebulosa.

Por que eu preciso saber a resolução da camera? Bom, se sua camera tem uma resolução alta, você vai poder tirar fotos de ampla visão e depois selecionar só o que queria fotografar, se não terá que usar o zoom para chegar ao seu interesse. Além de que com boa resolução, o foco manual noturno se torma mais confiável.

Para fotografar a lua, não é necessário um tripé pois a velocidade da foto tem de ser rápida, pelo menos 1/250 mas não tão alta pois assim ficará muito escuro. A maioria das câmeras têm uma boa capacidade de foco automático quando se trata de objetos perto do infinito de foco. Então para a lua a maioria das câmeras tiram boas fotos com:

- ISO 100
- f/3
- tempo de exposição 1/160 s

segue uma foto da lua nessas condições:

Para o resto do céu de forma geral e aberta:

- abertura f/2,5
- ISO 800
- Tempo de exposição de 5 a 10 segundos

segue um exemplo nessas condições:

clique na imagem para ve-la do tamanho original.

Autor: Leandro Almeida

Messier 04

Nos dias 28, 29 e 30 de agosto, registramos o Messier04 encontrado na constelação de escorpião. Utilizamos os seguintes equipamentos:

telescópio Meade LX90 12",
telescópio Greika 150x1400,
camera DSI I Meade,
camera Fuji HS10,
webcam adaptada.

E os seguintes softwares para redução:

SAOImage DS9,
DeepSkyStacker,
Photoshop CS4.

Segue o trabalho finalizado.

Autor: Leandro de Almeida.

Aglomerado do Pato Selvagem (M11)

No dia 21 por volta da 00:00, registramos o aglomerado do pato selvagem conhecido também como Messier11. Este messier é facilmente fotografado por qualquer camera comum que tenha exposiçao de no mínimo 10 segundos com iso 800. Para o regsitro foi utilizada uma HS10 que fez várias fotos em altam exposição com abertura de 2,8 a 5,6 e zoom de 1x a 20x; Telescópio Greika 150x1400 com CCD webcam; HS10 + macro 10+ afocal no telescópio. Fizemos um total de 23 registros. Após isso, no processo de redução, foi feita a coloração, e também corrigido os erros de ccd, luminosidade e feito o processado as imagens em uma só. Abaixo esta o resultado final do trabalho.

Autor: Leandro de Almeida

Imagens de Saturno

No dia 04 de agosto, o grupo de observação se reuníu no estacionamento da química, atraz do IMEF para registrar o planeta Saturno. Fizemos registro com a Camera DSI I da Meade que faz somente imagens em preto e branco. Foi tirado um total de 78 fotos do planeta. O processo de redução das imagens incluiu correções de anomalias no ccd e coloração da imagem. Abaixo seguem as fotos de depois do processo de redução e antes.

Autor: Leandro de Almeida.

Imagens de Júpiter

Na madrugada do dia 21 de agosto, por volta da 01:00H, registramos o planeta Júpiter que estava à uma altitude de aproximadamente 16º. Júpiter estava com um diâmetro aparente de 43" e magnetude de -2,43. Foi usado para o registro: Camera Fuji HS10; Iphone 4; CCD Webcam. Telescópio Greika 150x1400, com ocular de 25mm; 4mm; 25mm + Barlow 2x; 4mm + Barlow 3x. Júpiter foi fotogratado um total de 63 vezes com diversas configurações de equipamento. Após o registro, gastamos cerca de 1 hora para processar todas as imagens em uma só. Abaixo temos uma fotos singular e o resultado final do trabalho.

O resultado final ficou realmente muito bom em face dos equipamentos usados (e depois de muito proessamento).

Autor: Leandro de Almeida

Nossa Estrela: O Sol

No dia 15 de Agosto, registramos imagens de nossa estrela mais próxima: o Sol. Ja no entardecer utilizamos um Telescópio Greika 140x1500 com ocular de 25mm, uma Camera HS10 Fujifilm e um Iphone 4. Infelizmente tivemos um problema com a HS10 e o registro foi perdido. Porém temos as imagens feitas com o Iphone. (se quiser assitir em alta qualidade, clique no video para ver no youtube)

Importante: NUNCA olhe diretamente para o sol e nem para regiões próximas com o telescópio. E se for fazer qualquer tipo de registro, procure faze-lo no entardecer ou amanhacer.

Autor: Leandro Ted

The Milky Way

No dia 21 de Julho registramos o centro de nossa galáxia com uma camera Canon EOS REBEL T2i
efetuando exposições que variaram de 10 a 30 segundos. Nas fotos, podemos indentificar parte das constelações de escorpião e sagitário. Claramente podemos encontrar os messier's 7 e 6 assim como as nebulosas de Laguna e Trífida. (clique nas imagens para ver do tamanho original)



Messier 05 - NGC 5904

No dia 11 de agosto, a observação da noite foi voltada a registrar o aglomerado estelar Messier 5 que ser localiza entre as constelações da serpente e de virgem. Utilizamos a camera Meade Dsi sem filtros e o telescópio Meade LX 90 de 12".

Messier 5 - 37 Fotos, 5,6 seg/f FOV 0,205°

Observação da Lua dia 09 de agosto

No dia 09 de agosto nos reunimos para observar e registrar a lua. Foi feito registro com: Camera HS10 Fujifilm, Camera meade dsi e camera do iphone 4. A observação contou com a supervisão do Proj. Dr. João Rodrigo, e dos acadêmicos Leandro Ted, Yuna de Leon e Jessy Santos.

Sejam Bem Vindos!

Sejam bem vindos ao Observatório SOFIA! O observatório mais Setentrional do Brasil, localizado na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul. Estamos em operação desde fevereiro de 2011.

Este observatório é mantido pelo Grupo de Pesquisas SOFIA da Universidade Federal do Rio Grande. O grupo está ligado ao Instituto de Matemática, Estatística e Física (IMEF) e faz pesquisas sobre Astronomia Extragalática nas sub-áreas de formação estelar e síntese de populações. Estudamos também galáxias ultra-luminosas no infravermelho e galáxias starburst.

O Observatório SOFIA é um esforço do grupo de investir na formação de alunos de graduação. Através do contato com equipamentos astronômicos desde cedo é possível despertar a curiosidade científica e o conhecimento de técnicas observacionais modernas.

O observatório conta com dois telescópios MEADE LX 90 de 8 e 12 polegadas. Além disso contamos com diversas objetivas de campo largo e uma câmera CCD para fotografia astronômica.

O observatório foi criado pelo Prof. Dr. João Rodrigo Souza Leão e financiado através de um projeto do CNPq. Entretanto a concretização deste observatório só foi possível graças aos esforços adicionais da Profa. Dra. Denise Maria Varella Martinez, Diretora do IMEF  e do Prof. Dr. Mozart Tavares Martins Filho, Pró-reitor de infra-estrutura da Universidade Federal do Rio Grande - FURG.

Atualmente o observatório conta com contribuição do Prof. Dr. Fabrício Ferrari e dos acadêmicos de Física Jéssica Nunes, Iuna de Leon e Leandro Ted. O observatório foi oficialmente criado em Fevereiro de 2011 e este espaço destina-se à divulgação de nossas observações, datas de visitas e fotos.

O grupo SOFIA mantém ainda outra página onde alunos do grupo praticam a arte de ler artigos e escrever pequenos ensaios científicos: http://astrophisika.blogspot.com/. 

Outras postagens vão mostrar a história do Observatório SOFIA e também nossas observações.

Sejam Bem vindos!

Eclipse Lunar

No dia 15 de Junho de 2011, ocorreu um eclipse lunar total, que pôde ser observado por completo no sul da Europa, África e Índia. No Brasil foi possível ver apenas da metade para o final do eclipse.

O eclipse lunar ocorre quando a lua entra na sombra da terra. Se ela fica totalmente imersa na umbra (parte mais escura de uma sombra), o eclipse é total; se apenas parte dela passa pela umbra, o eclipse é parcial; e se a lua passa somente na penumbra (local onde parte da luz passa e não fica completamente escuro), o eclipse é penumbral. No eclipse total a lua passa pela umbra e pela penumbra. Na fase em que a lua esta saindo da umbra ela parece avermelhada, pois a luz do sol sofre refração na atmosfera da terra, o que causa essa cor.

Figura 1 - Esquema do eclipse lunar (crédito da imagem: Leandro de Almeida)

Considerando a distância da terra à lua sendo 380.000 km, a umbra da terra tem aproximadamente 2 vezes e meia o diâmetro da lua; com a velocidade da lua sendo 3.682 km/h, a lua pode demorar até 150 minutos para atravessar por completo a umbra. A duração de todo o eclipse, incluindo as fases parciais, é de 3,8 horas aproximadamente, pois isso depende da das distancias relativas entre o sol, terra e lua.

No dia 15 de junho de 2011, o grupo de astrofísica da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) se reuniu no estacionamento da universidade para observar o fenômeno através de um telescópio Meade LX90 de 12 polegadas. A observação foi aberta ao público e supervisionada pelo professor João Rodrigo Leão com assistência dos dois bolsistas do projeto, Iuna de Leon e Leandro de Almeida e da voluntária Jessica dos santos.

Figura 2 - Montagem sequencial das fases do eclipse lunar do dia 15 de junho de 2011.

A lua, já com sua fase total do eclipse acabando, apareceu no céu de rio grande às 17h45min e saiu da sombra as 19h05min, o eclipse só terminou as 20h00min, porém quando a lua está a sair da penumbra, a sua luminosidade muda pouca coisa e não conseguimos notar essa diferença. Cerca de 25 pessoas compareceram para apreciar o acontecimento e olhar um pouco mais de perto a lua através do telescópio.

Figura 3 - Fila para ver o eclipse no telescópio (Eclipse em fase final ao fundo) (Fotografia por Leandro de Almeida).

O próximo eclipse lunar ocorrerá no dia 10 de dezembro de 2011, porém não poderá ser visto aqui no Brasil, pois o horário do evento será das 09h45min às 13h20min e a lua também vai estar do outro lado do planeta, podendo ser vista no leste asiático, Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Referências:

Astronomia e Astrofísica – Kepler de Souza Oliveira e Maria de Fátima Oliveira Saraiva