sábado, 20 de abril de 2013

The Crab Nebula - A nebulosa do Caranguejo (M1)

Primeiramente, gostaria de fazer-lhes uma atualização específica sobre um de nossos projetos:


“O projeto do registro do Catálogo Messier fará parte de um pequeno livro de registros do extremo sul do Brasil, contendo todos os registros que efetuei com os equipamentos do Grupo Sofia e também com meus equipamentos. Irá conter 4 grandes partes: o sistema físico registrado; a técnica fotográfica envolvida; o processamento de redução específico; os resultados obtidos (as imagens). Estamos trabalhando para a conclusão deste livro ainda em 2013, pois já tenho todas as imagens do livro. Este trabalho é um esforço do Grupo Sofia e o livro está sendo escrito por mim, com colaboração do Prof. Dr. João Rodrigo de Souza Leão (responsável pelo grupo Sofia) na parte do sistema físico e como revisor.”

Voltando ao post.


A nebulosa do Caranguejo, catalogada por Charles Messier como M1 e no novo catálogo geral como NGC 1952, é uma remanescente de Super Nova observada pela primeira vez por astrônomos chineses e Árabes em 1054. Em seu centro, há os restos mortais do que um dia foi uma estrela de alta massa que, em sua fase final, ejetou todo o seu material no espaço resumindo-se em uma estrela de nêutrons. Essa estrela em seu centro, emite pulsos de radiação desde “raios gama” à “ondas de rádio” com uma taxa de rotação de 30,2 vezes por segundo.

O projeto para registro do catálogo Messier surgiu com o objetivo de catalogar todos os 110 objetos do catálogo (nem todos serão fotografados de Rio Grande), desde aglomerados abertos até galáxias em colisão, porém, alguns objetos possuem uma reverência maior, como a nebulosa de Órion, da Águia, da Trífida, as galáxias do Rodamoinho e do Sombreiro, mas um dos principais objetos que eu sempre quis fotografar foi a Nebulosa do Caranguejo (M01). No dia 30 de janeiro de 2013 eu finalmente consegui um tempo bom o suficiente para completar esta etapa do projeto e registrei com sucesso esta incrível remanescente de Super Nova. Em algum outro momento, eu tentei fazer o mesmo registro com o telescópio Greika de 6 polegadas, porém a ótica desse telescópio não é o suficiente para me retornar um bom resultado em vista ao tempo de exposição utilizado (1 minuto).

Para este registro, utilizei o telescópio Meade LX90 de 12 polegadas e a câmera DSI II pro (também da Meade). O processo de registro foi o de sempre, porém com frames de 42,2 segundos de exposição em cada filtro. Como o tempo estava excelente, não tive tanta dor de cabeça no processo de redução.


Autor: Leandro Almeida