quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Venha conhecer o Observatório SOFIA

O Observatório SOFIA foi fundado em 2010 na cidade de Rio Grande pelo Prof. Dr. João Rodrigo Souza Leão. O grupo possui um projeto de IC chamado: "Operação Cruzeiro do Sul" que consiste em Seminários e Observações astronômicas ministradas pelos Alunos da IC.
Hoje, o grupo de astrofísica e astronomia SOFIA conta com os Bolsistas Ted e Laura para realizar as observações referentes ao projeto. Além das atividades previstas da IC, os bolsistas aprimoram seus conhecimentos nas áreas de computação, ótica e processamento de imagem, criando softwares autônomos de redução de dados e aprimorando técnicas de registro fotográfico.

O prédio do Observatório já está em construção em anexo ao prédio do IMEF. As plantas esquemáticas do projeto (do prédio) estão no quadro em frente a sala do Prof. Dr. Fabrício Ferrari no corredor da Física (IMEF). Enquanto o prédio do Observatório ainda não está pronto, as atividades relativas ao uso dos telescópios se mantém entre o CC e o IMEF conforme a Figura 1 abaixo:

Figura 1 - A "estrela" vermelha mostra o local onde são feitas as observações
Visão Panorâmica da área onde são feitas as observações (IMEF) - clique na imagem para ampliar
Muitas pessoas ouvem falar do observatório e das observações porém, não sabem onde operamos. Pois bem, problema resolvido.

O grupo de Astrofísica e Astronomia SOFIA é formado pelos acadêmicos Ted (Leandro Almeida) e Laura, com supervisão do Prof. Dr. João Leão. Para se informar sobre datas de observações abertas ou agendar uma visita, entre em contato conosco através de nosso e-mail:

observatorio.sofia@gmail.com

ou através de uma de nossas redes sociais.:

Facebook: https://www.facebook.com/ObservatorioSOFIA
Youtube: http://www.youtube.com/observatoriosofia

Ted

domingo, 3 de novembro de 2013

Concurso Nacional de Astrofotografia

Uma das fotografias que mais deu trabalho em fotografar e finalizar foi a M20:

Esta fotografia está participando do concurso nacional astrofotografia com a identificação:
13-Nebulosa Trífida (M20)
Entrando na área de votação, é possível votar em 3 astrofotografias e dar-lhes notas de 0 a 10.
Este concurso não oferece nenhuma premiação a não ser o certificado de participação mas, quando se trata de popularização da astronomia e astrofotografia, o importante é participar.

Link da área de votação:
http://concursodeastrofotografia.weebly.com/votaccedilatildeo.html

Eu particularmente votei na 13 (claro), na 33 e na 60 que foram as que mais me chamaram atenção. Quem acompanha o nosso trabalho, dê uma força lá votando na fotografia 13 e em outras duas.

Ted

domingo, 8 de setembro de 2013

Fotos da Ocultação de Vênus pela Lua

Em continuação do post anterior, aqui está a foto do evento.


A foto panoramica foi tirada com a câmera Fuji HS10 com lente modificada e a foto ampliada foi tirada com um iphone 4 no telescópio Greika 1400x150 com uma ocular de 25 mm, ou seja, com 56 vezes de aumento.

Ted

Ocultação de Vênus pela Lua

Hoje (domingo, 8/9/2013) as 19:05 acontece um evento extraordinário no céu, assim como as ocultações de Júpiter que aconteceram no ano passado e neste ano, temos hoje no céu  a ocultação do planeta Vênus pela nossa Lua.
O simples fato de Vênus estar bem próximo da lua já torna o céu mais bonito e favorável à fotografia amadora. Muitas vezes esse ano e no ano a lua esteve próxima de Vênus porém, dessa vez, nosso satélite natural vai apagar o segundo planeta por aproximadamente 50 minutos.

Este evento não necessita de nenhum telescópio ou equipamento específico para ser observado porém, se você tiver um binóculo, vai se divertir mais. Um pouco antes das 19:00 horas, o oeste do céu já estará bem notável, com saturno mais acima e a lua com um "brinco". Reúna a família e aproveite para fazer um discurso sobre os métodos observacionais da antiguidade e como a metodologia científica ajudou a humanidade a chegar no nível tecnológico que estamos hoje, e que tudo isso foi possível a partir de ações simples como observar os eventos do céu. Cuddles.

Ted

Iridium 65[+] e o maior flare do ano.

Iridium é um satélite de comunicação que tem suas antenas separadas em 140º uma da outra e 40º do corpo principal do satélite. De vez em quando, essas antenas refletem a luz do sol diretamente na terra, criando um farol que ilumina pouco mais de 10 km de diâmetro na terra durante alguns segundos. O seu brilho depende de quão na penumbra da terra o satélite está. Durante o dia também ocorre esse evento, porém a luz do sol não nos permite ver esse flash.

Hoje, exatamente as 18:42:15, a uma altura de 57º ao sul do céu de Rio Grande, aparecerá um flash de -7,5 de magnitude. Essa magnitude funciona da forma que quanto mais negativo o número, mais brilhoso é o objeto. A lua hoje, estará com uma magnitude de -8,5, enquanto Vênus estará com magnitude de -3,5. O Iridium 65 criará um flash no céu tão claro quanto a lua hoje. Porém, o evento Iridium será mais intenso, pois este brilho todo estará concentrado em um pequeno ponto no céu, enquanto a lua tem seu brilho espalhado pela sua superfície. Então as 18:42, quem estiver em Rio Grande, olhe exatamente para o sul, e para 57º de altura. Um jeito de olhar para o lugar certo na hora certa é: Encontre o cruzeiro do sul (ele aponta pro sul, certo) então coloque o tamanho aparente do cruzeiro do sul duas vezes na frente dele (isso mesmo, assim como se faz pra encontrar o sul mesmo), ou seja, este Iridium brilhará por alguns segundos quase que exatamente no Polo Sul Celeste, então, as 18:42 é para lá que deverá estar olhando.

Ted

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nebulosa da Trífida - M20 Mosaico (processamento de imagem)

Entre junho do ano passado e junho deste ano, sempre que tinha a oportunidade, eu fotografava alguns setores do Messier 20 em RGB, muitas vezes esse trabalho era desperdiçado por conta do tempo, umidade e vento. Um trabalho que me custaria aproximadamente 4 dias seguidos, acabou levando 4 dias espalhados ao longo de quase um ano.

No inicio de Junho deste ano, me prestei a juntar todos os arquivos oriundos desses registros. Um total de aproximadamente 290 minutos de exposição divididos em 3 filtros registrando 15 frames à 30 segundos cada cobrindo uma área do céu dividida em 13 setores (da nebulosa M20). Utilizei O seguintes equipamentos: Telescópio Meade LX90 de 12 polegadas; Camera CCD DSI II Pro; filtros RGB; Barlow 1,5x e 2x. E os seguintes Softwares: AutoStar Envisage; Photoshop CS3; FITS Liberator; SAOimage DS9.

Algumas horas gastas no processamento me tomaram dois dias de trabalho em frente ao computador. Infelizmente, tive a ideia de começar a filmar o procedimento de redução um pouco depois de já ter começado o trabalho. O timelapse deste trabalho se encontra abaixo da imagem final:

Assista o vídeo direto do youtube em FullHD.

Autor: Leandro Almeida


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Messier 66 - NGC 3627

O Messier 66 também conhecido como NGC 3627 é uma galáxia intermediária espiral encontrada na constelação de Leão.

No dia 3 de junho de 2013, o grupo Sofia se reuniu para registrar esta galáxia com o telescópio Meade LX90 de 8" e a câmera DSI II Pro + filtros RGB. Na redução e processamento, foram utilizados os softwares: FITLiberator, AutoStar Image Processing e Photoshop CS3.

Abaixo segue o resultado deste trabalho.


Voluntários - Gabi e Jhordan
Autor: TedBear

sábado, 20 de abril de 2013

The Crab Nebula - A nebulosa do Caranguejo (M1)

Primeiramente, gostaria de fazer-lhes uma atualização específica sobre um de nossos projetos:


“O projeto do registro do Catálogo Messier fará parte de um pequeno livro de registros do extremo sul do Brasil, contendo todos os registros que efetuei com os equipamentos do Grupo Sofia e também com meus equipamentos. Irá conter 4 grandes partes: o sistema físico registrado; a técnica fotográfica envolvida; o processamento de redução específico; os resultados obtidos (as imagens). Estamos trabalhando para a conclusão deste livro ainda em 2013, pois já tenho todas as imagens do livro. Este trabalho é um esforço do Grupo Sofia e o livro está sendo escrito por mim, com colaboração do Prof. Dr. João Rodrigo de Souza Leão (responsável pelo grupo Sofia) na parte do sistema físico e como revisor.”

Voltando ao post.


A nebulosa do Caranguejo, catalogada por Charles Messier como M1 e no novo catálogo geral como NGC 1952, é uma remanescente de Super Nova observada pela primeira vez por astrônomos chineses e Árabes em 1054. Em seu centro, há os restos mortais do que um dia foi uma estrela de alta massa que, em sua fase final, ejetou todo o seu material no espaço resumindo-se em uma estrela de nêutrons. Essa estrela em seu centro, emite pulsos de radiação desde “raios gama” à “ondas de rádio” com uma taxa de rotação de 30,2 vezes por segundo.

O projeto para registro do catálogo Messier surgiu com o objetivo de catalogar todos os 110 objetos do catálogo (nem todos serão fotografados de Rio Grande), desde aglomerados abertos até galáxias em colisão, porém, alguns objetos possuem uma reverência maior, como a nebulosa de Órion, da Águia, da Trífida, as galáxias do Rodamoinho e do Sombreiro, mas um dos principais objetos que eu sempre quis fotografar foi a Nebulosa do Caranguejo (M01). No dia 30 de janeiro de 2013 eu finalmente consegui um tempo bom o suficiente para completar esta etapa do projeto e registrei com sucesso esta incrível remanescente de Super Nova. Em algum outro momento, eu tentei fazer o mesmo registro com o telescópio Greika de 6 polegadas, porém a ótica desse telescópio não é o suficiente para me retornar um bom resultado em vista ao tempo de exposição utilizado (1 minuto).

Para este registro, utilizei o telescópio Meade LX90 de 12 polegadas e a câmera DSI II pro (também da Meade). O processo de registro foi o de sempre, porém com frames de 42,2 segundos de exposição em cada filtro. Como o tempo estava excelente, não tive tanta dor de cabeça no processo de redução.


Autor: Leandro Almeida


sábado, 30 de março de 2013

NGC2207 e IC 2163 - Galáxias em Interação

A NGC2207 e a IC 2163 são um par de galáxias espirais em colisão, localizadas na constelação do Cão Maior, à cerca de 80 milhões de anos luz de nós.

A algum tempo atrás, eu havia registrado esse sistema em colisão com o Telescópio Meade de 8 polegadas porém, o resultado não foi o que eu esperava. A umidade e o tempo me atrapalharam um pouco. Então, no dia 27 de março (Quarta-Feira) eu tentei (novamente) registrar essas duas galáxias. O tempo estava perfeito e sem vento algum. O único problema real era que tinha muitos pernilongos e mesmo que eles não me mordessem, me torravam a paciência.

Dessa vez, utilizei o Telescópio Meade de 12 polegadas (já que este objeto tem um diâmetro aparente pequeno). Por se tratar de um objeto tênue, utilizei frames de 42,2 segundos nos 3 filtros, e mais um adicional de 60 segundos sem nenhum filtro. Registrei 10 frames em cada filtro. O processo de redução foi o mesmo de sempre (demorado). Ao fim, consegui o resultado que eu queria.

A primeira imagem que vou mostrar foi a que fiz a um tempo atrás com o Meade de 8", não tive muita paciência no processo de redução, já que, eu sabia que não conseguiria aproveitar muita coisa.

NGC2207 e IC 2163 - Meade LX90 8" + DSI II Pro - Leandro Almeida
Abaixo segue o resultado do trabalho realizado nesta Quarta-Feira.

NGC2207 e IC 2163 - Meade LX90 12" + DSI II Pro - Leandro Almeida

Leandro Almeida (Ted)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Alguns fatos sobre a nossa Lua - FURG

Não há nada muito emocionante acontecendo em nossas vizinhança espacial no momento, então neste post citarei algumas curiosidades sobre o nosso único satélite natural, bem como algumas fotos registradas com o equipamento do nosso observatório nos primeiro meses de 2013.

Cientistas acreditam que a lua se formou quando um objeto do tamanho de marte colidiu com a terra à 4,5 bilhoes de anos atrás; de nosso ponto de vista (aqui da terra), a lua e o sol têm aparentemente o mesmo tamanho; é o quinto maior satélite natural do sistema solar; está sempre mostrando apenas uma face para nós; mesmo que a órbita da lua pareça estável, ela esta lentamente se afastando de nós a uma taxa de 4 centímetros por ano; após aproximadamente 50 bilhoes de anos, a lua irá parar de se afastar e ficará em uma órbita estável, levando cerca de 47 dias para orbitar a Terra; apenas 12 pessoas andaram na superfície lunar.



22 / 03 / 2013
22 / 03 / 2013
Nossa Lua, Júpiter e 4 Luas









Janeiro

Fevereiro








Ted - Hobbit


sábado, 9 de março de 2013

Eclipse em Júpiter Parte 2

Esta postagem é apenas um Anexo da postagem do dia 24 de fevereiro.

Eu havia feito o registro do eclipse pela lua Ganimedes em Júpiter com a câmera CCD DSI II Pro da MEADE, mas entre uma troca de configuração e outra, acabei fazendo um pequeno video com a configuração: Ocular 16mm + Barlow 2x + Iphone 4 câmera. Ao chegar em casa para trabalhar nos arquivos da Meade, acabei me esquecendo que também tinha feito um video com o Iphone.

Bom, hoje eu lembrei (=^.^=). Alinhei no AE, empilhei no ASIP, Corrigi no RegiStax e pós-processei no PS. Lembrando que eu segurei o celular na mão. :-)

Segue:

Júpiter com a sombra da Lua Ganimede - Meade LX90 12" + Iphone 4
Clique na imagem para ampliar.

Ted, o Bárbaro.

Uma Lua, Um frame

No dia 26 de Fevereiro o céu estava bem limpo, (limpo até demais). Infelizmente não pude aproveitar muita coisa pois, a lua estava cheia e iluminava cada partícula de poeira na frente da ótica. Ou seja, nada de completar o catálogo messier.

Mas em compensação, registrei ótimas imagens dessa lua chata. Finalmente usei a ocular de 32mm de campo aberto de 2 polegadas (sem holder, na mão mesmo).

segue:

Meade LX90 12" Open Field 32mm 2" - Iphone 4
Clique na imagem para ampliar.

Ted-Wester

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Eclipse Solar em Júpiter

          Em nosso Planeta, é raro temos a oportunidade de ver um eclipse solar, isso sem contar que muitas das vezes, este evento não é visível de nossa latitude. Porém, isso acontece praticamente todos os dias no planeta Júpiter, pois ele tem 8 luas principais com períodos bem menores que um mês.

          Se estivessemos na Lua no momento de um eclipse solar aqui na terra, veriamos uma grande sombra atravessando o planeta, a sombra da lua.

Simulação Eclipse solar Lua-terra visto da Lua.
          No dia 22 de fevereiro de 2013, (noite aberta, perfeita pra terminar o catálogo messier) estava ventando um bocado, e não pude fazer registros mais profundos. Então decidi fotografar Júpiter. Vale lembrar que a câmera DSI II pro da meade "não" é uma câmera planetária, ela não tem esse propósito e possui baixíssima resolução. Então preciso trabalhar somente com a capacidade de ampliação do telescópio. Neste dia, usei o MEADE LX90 de 8 polegadas, (pois ia registrar objetos de grande diâmetro aparente. Acabei por utilizar uma Barlow de 2x junto à DSI. Realizei um total de 60 frames de 0,0150 s. O ponto preto na parte superior de Júpiter, é a sombra do satélite Ganymede.


Júpiter e 3 Luas: Europa, Ganymede e Io
     Mesmo com a turbulencia atmosférica, e a baixa resolução da câmera, foi possível registrar esse acontecimento.

Leandro Almeida

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Nebulosa de Órion em detalhes

          A nebulosa de Órion é um dos objetos mais estudados do céu e se encontra na constelação de Órion, entre as conhecidas "3 Marias" (cinturão de Órion) e a estrela Rigel. Está à uma distância de 1.600 anos-luz da terra (aproximadamente 1.51e16 km ou 15 quadrilhões de km) ou seja, sua luz levou 1.600 anos para chegar até nós. É uma das poucas nebulosas visíveis sem o auxílio da fotografia de longa exposição, possuindo uma magnitude aparente de 4.0.
          Para a M42 (nome no catálogo Messier), foram utilizados os telescópios MEADE LX90 de 8” (Mosaico em preto e branco) e GREIKA 150x1400 de 6” (região central em cores) em conjunto com as câmeras DSI II Pro e HS10. O processo fotográfico envolveu o registro de 7 setores da nebulosa, sendo empilhados 10 frames de 21.1 segundos em cada, totalizando aproximadamente 25 minutos de exposição para o mosaico. O processamento digital envolveu a revelação das imagens e a correção do ruído , bem como o alinhamento para formar o mosaico. A fotografia em cores da região central foi realizada no ano de 2012 com o telescópio GREIKA, utilizando os filtros vermelho, verde e azul (RGB) no processo de registro, totalizando 11 minutos de exposição no RGB. Como esta nebulosa possui 65 arc-minutos de diâmetro e o sistema LX90+DSI cobre 10 arc-minutos do céu, seriam necessários 6x6 setores para cobrir toda a área de Órion, o que levaria aproximadamente 6 horas de exposição para ter um trabalho final em cores, além do tempo de troca de filtros, reajustes de posição e processamento, é claro. Como estamos no horário de verão, o tempo noturno útil para registro é drasticamente reduzido. Assim, em média, faço os registros entre as 21:30 e 23:00 (pouquíssimo tempo para um mosaico colorido).

          O Poster destaca ainda, um choque em arco (do inglês bow shock) na estrela SAO 132308, que é o arco formado entre a magnetosfera da estrela e o meio interstelar (poeira e gás).



          É um trabalho demorado e específico, mas o resultado sempre vale a pena.


Para saber mais sobre Bow Shocks, acesse:

http://adsabs.harvard.edu/cgi-bin/bib_query?2011A%26A...531A..13S


Autor: Leandro Almeida