terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Nebulosa de Órion em detalhes

          A nebulosa de Órion é um dos objetos mais estudados do céu e se encontra na constelação de Órion, entre as conhecidas "3 Marias" (cinturão de Órion) e a estrela Rigel. Está à uma distância de 1.600 anos-luz da terra (aproximadamente 1.51e16 km ou 15 quadrilhões de km) ou seja, sua luz levou 1.600 anos para chegar até nós. É uma das poucas nebulosas visíveis sem o auxílio da fotografia de longa exposição, possuindo uma magnitude aparente de 4.0.
          Para a M42 (nome no catálogo Messier), foram utilizados os telescópios MEADE LX90 de 8” (Mosaico em preto e branco) e GREIKA 150x1400 de 6” (região central em cores) em conjunto com as câmeras DSI II Pro e HS10. O processo fotográfico envolveu o registro de 7 setores da nebulosa, sendo empilhados 10 frames de 21.1 segundos em cada, totalizando aproximadamente 25 minutos de exposição para o mosaico. O processamento digital envolveu a revelação das imagens e a correção do ruído , bem como o alinhamento para formar o mosaico. A fotografia em cores da região central foi realizada no ano de 2012 com o telescópio GREIKA, utilizando os filtros vermelho, verde e azul (RGB) no processo de registro, totalizando 11 minutos de exposição no RGB. Como esta nebulosa possui 65 arc-minutos de diâmetro e o sistema LX90+DSI cobre 10 arc-minutos do céu, seriam necessários 6x6 setores para cobrir toda a área de Órion, o que levaria aproximadamente 6 horas de exposição para ter um trabalho final em cores, além do tempo de troca de filtros, reajustes de posição e processamento, é claro. Como estamos no horário de verão, o tempo noturno útil para registro é drasticamente reduzido. Assim, em média, faço os registros entre as 21:30 e 23:00 (pouquíssimo tempo para um mosaico colorido).

          O Poster destaca ainda, um choque em arco (do inglês bow shock) na estrela SAO 132308, que é o arco formado entre a magnetosfera da estrela e o meio interstelar (poeira e gás).



          É um trabalho demorado e específico, mas o resultado sempre vale a pena.


Para saber mais sobre Bow Shocks, acesse:

http://adsabs.harvard.edu/cgi-bin/bib_query?2011A%26A...531A..13S


Autor: Leandro Almeida

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